QUEM SOMOS?
A revista PitànDudu é organizada por integrantes do Axé Egi Omim, uma casa de Candomblé
estabelecida na Ilha de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, sob a condução
de Wanda Araújo, Yalorixá, jornalista e educadora social, com ampla experiência
com o trabalho sócio-cultural com jovens e populações marginalizadas.
Além da ação religiosa, este é um coletivo diverso que
através de encontros, oficinas e trabalho coletivo, busca meios de fortalecer a
cultura do candomblé e interferir na realidade local, investindo na formação
social, cultural e humanitária da comunidade; com a missão de discutir e
difundir a cultura do candomblé para desenvolver ações de respeito à diversidade
e às diferenças na constituição da população brasileira.
Família - foto Janaina Moreno |
O
trabalho desenvolvido no Axé Egi Omim agrega elementos ancestrais, práticas
coletivas e solidárias, tendo a oralidade como principal veículo de
transmissão e troca de conhecimento, assim como a valorização do ritual nos
processos de ensinamento, criação e apoio espiritual. O Axé Egi Omim é
integrado por um grande número de artistas, antropólogos e educadores, que
buscam através da arte, meios de proporcionar a inclusão social, o registro da
memória e a reflexão sobre as práticas do candomblé na atualidade.
QUEM SOU?
Wanda Araújo, mulher, 53 anos, negra, guerreira, carioca como o mar, filha do BUCA. Educadora por dom. Jornalista por
formação. Do meu ventre nasceu BRAZZAVILLE.
Filha da Terra e do Ar, elementos importantes de
força, equilíbrio. No Axé de OMULU e o sentido de OYÁ.
A NATUREZA é minha espiritualidade, a crença é meu
mestre da razão.
Na etnicidade viaja o poder dos meus horizontes. A
cultura, a raça são minhas imagens.
Por minhas mãos deitaram afagos e conduções: Meninos, meninas, moleques, molecas, homens, mulheres... FAMÍLIAS, casas, ruas.
O tempo não define minha atuação.
Wanda: Cristina para alguns; Araújo para muitos; mas apenas mulher.
História de vida
Desde do meu nascimento faço parte da família dos
guerreiros que vestem branco: da “Tribo de Gi” que tem Omolu como mestre.
Cresci estruturando cada parte, cada momento de minha
vida a partir das minhas origens e ancestralidade.
Minha história com o social começa no seio de minha
família com os ensinamentos de meu pai e se revigora a partir de minha inserção
enquanto militante no Movimento Negro/RJ onde aprofundei discussões acerca de
negritude, das diferenças, pobreza, racismo, discriminação, abandono, falta de
identidade, de informação...
Movida a desafios estabeleci como meta de vida contribuir
com a valorização e crescimento dos afros descendentes buscando resgatar sua
história a partir de suas referências e identidade provocando um movimento de
construção e conseqüente mudança que os fortalecessem no enfrentamento do
cotidiano.
Trabalho
Há alguns anos venho aprimorando a proposta de trabalhar
o social e a complexidade das relações visando desenvolver e implantar
metodologias de trabalho educativo que contribuam para a construção de novos
projetos para a classe popular.
A valorização da essência, espiritualidade e criatividade
são os principais elementos utilizados por este grupo de educadores no processo
para a construção e crescimento de um ser político que vivencia os limites e os
entraves da construção social a partir de suas referências e ideal.
Seguindo
a filosofia do Senhor da Terra que orienta seus guerreiros a cultivar e a
produzir não importando qual seja o solo e nem sua qualidade, o principal
requisito para implementar esta fórmula com resultados positivos é unicamente
GOSTAR DE GENTE!
Nenhum comentário:
Postar um comentário